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Coluna Educação

Núcleo Regional de Educação faz balanço das aulas a distância no litoral

Internet e canais de TV são utilizados como ferramentas de ensino

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Em virtude da suspensão das aulas provocadas pela pandemia do novo Coronavírus, a Rede Estadual de Educação do Paraná começou a oferecer aulas por canais de TV (vinculados à RicTV), pelo YouTube e também pelo aplicativo “Aula Paraná”. A novidade começou a ser disponibilizada no dia 6 de abril e o Núcleo Regional de Educação (NRE) fez um balanço de como as atividades são desenvolvidas no litoral.

Acesso às aulas

“Verificamos que 66% possuem Internet contra 34% que não possuem”, ressaltou a chefe do NRE de Paranaguá, Clarice Ubessi

A chefe do NRE, Clarice Ubessi, afirmou que no litoral há, aproximadamente, 17.600 alunos matriculados. “Destes, verificamos que 66% possuem Internet contra 34% que não possuem. Ainda assim, estes 34% podem utilizar o sistema se tiver um celular, pois o aplicativo não consome dados do celular quando utilizado”, informou Clarice.

Os alunos de comunidades marítimas e ilhas pertencentes a Paranaguá estão acompanhando as aulas por meio de material impresso. “Se o aluno não tiver celular, é possível retirar as atividades das disciplinas de forma impressa ou livros didáticos na escola quinzenalmente, quando da entrega da merenda escolar, ou por e-mail. O material impresso tem sido a forma utilizada para atender aos alunos residentes em comunidades isoladas do litoral”, enfatizou a chefe do NRE.

Interação com os professores

As plataformas digitais permitem que os estudantes façam exercícios, avaliações e respondam chamada, através do Google Classroom.

Segundo Clarice, as aulas são acompanhadas pelos professores de cada disciplina, que através do aplicativo Aula Paraná e do Google Classroom podem interagir com seus alunos, tirar dúvidas e propor atividades de acordo com o ritmo da turma. “O professor tem total autonomia em sua sala de aula virtual”, ressaltou.

Contato com os estudantes

Para garantir que todos participem das aulas, além das mídias sociais, as escolas estão entrando em contato telefônico com os estudantes, para acompanhar e orientar nesse processo. “Porém, a maior dificuldade é com relação aos alunos que não mantêm seus dados atualizados, endereço e telefone, além de não acessarem a plataforma EaD também não procuram a escola para ter informações sobre as aulas”, disse Clarice.

Sendo assim, ela fez um apelo para que os pais ou responsáveis busquem a escola dos seus filhos e não permitam que eles sejam prejudicados nos seus estudos, correndo o risco de perder o ano letivo.

Adaptação

A chefe do NRE destacou que a participação nas aulas tem sido gradativa, uma vez que os alunos e familiares precisam de tempo para adaptação aos novos recursos de aprendizagem. “É um processo que depende do comprometimento de toda a comunidade escolar. Foi a alternativa que o Estado encontrou para fazer com que os alunos seguissem tendo aulas normalmente, apesar do vírus. Os números comprovam que a medida é eficiente”, salientou Clarice.

Segundo o Conselho Nacional de Educação, sem o EaD, um longo período de reposição presencial seria necessário e acarretaria, não apenas em um comprometimento do calendário de 2020, mas, possivelmente, também dos dois anos seguintes, 2021 e 2022.

“Com o ensino a distância, por sua vez, o calendário não ficará prejudicado, as aulas seguem ocorrendo normalmente, reduzindo significativamente os prejuízos pedagógicos e financeiros que a reposição exclusivamente presencial pós-pandemia traria. Os colégios serão reabertos apenas quando a situação for considerada segura pelas autoridades sanitárias, mas tem data estimada para agosto”, informou Clarice.

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