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Coluna do Guru

Paraná faz mapeamento para prevenir desastres na Serra do Mar

Documento engloba as áreas suscetíveis em Morretes e Paranaguá, com foco na prevenção de ocorrências nestes municípios que foram fortemente afetados no desastre de 2011.

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Foi apresentada na Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, no Palácio das Araucárias, nesta quinta-feira (29), a Carta Geotécnica Síntese, que trata da adequabilidade da ocupação na Região Leste da Serra do Mar. Elaborada pelo Núcleo de Geologia da Defesa Civil Estadual, a Carta engloba as áreas suscetíveis em Morretes e Paranaguá, focando prevenção de ocorrências de desastres naturais nestes municípios que foram fortemente afetados no desastre de 2011.

Foto: Divulgação/SEDEST

A Carta foi desenvolvida com base em mapeamentos geológicos e geotécnicos realizados, inicialmente, pelo geólogo Rogério da Silva Felipe, do Núcleo de Especialistas em Geologia da Defesa Civil. Ele começou o trabalho enquanto atuou na antiga Mineropar, hoje Diretoria de Geologia do Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná-ITCG, vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo.

Há cinco anos, Rogério Felipe começou a trabalhar diretamente na Defesa Civil, dando continuidade ao trabalho junto com a equipe de geólogos da instituição, que conta com mais dois profissionais da área.

O resultado foi a Carta Geotécnica Síntese, que tem foco nessas áreas com maiores possibilidades de acontecer novos episódios semelhantes aos de 2011.

FERRAMENTA – Felipe explica que o trabalho objetiva, a partir da identificação e mapeamento das áreas de riscos e deslizamentos, fluxos de detritos, inundações e alagamentos, ser uma ferramenta aos municípios para possam utilizar essa informação a fim de orientar e disciplinar o planejamento e a ocupação do seu meio físico.

Empresas como Transpetro e Ecovia, também podem utilizar esse mapeamento no planejamento estratégico de obras, identificando por exemplo, locais em que o traçado do oleoduto Olapa ou da BR-277, duas vias muito importantes de escoamento da produção e de transporte, que interceptam áreas suscetíveis aos riscos mapeados.

O coronel Ricardo Silva, coordenador Estadual da Defesa Civil, lembra que desde 2011, o Estado do Paraná vem se empenhando para que as situações vividas em março daquele ano não se repitam. “O trabalho apresentado tem esse objetivo e o sentido primordial do mapeamento é o de melhorar o planejamento urbano dessas áreas”, reforça o cel. Silva.

HISTÓRICO – Em 2011 já havia uma parceria entre a Defesa Civil e a então Mineropar, quando em 11 de março daquele ano houve o grande desastre natural, após chuvas intensas que causaram deslizamentos de solo da Serra do Mar, principalmente nas localidades de Floresta e do Rio Sagrado.

Todos os municípios do Litoral foram atingidos pelo episódio, sendo que Antonina, Morretes e Paranaguá foram os mais afetados.

A partir deste episódio, a Mineropar desenvolveu um trabalho extensivo de mapeamento a fim de avaliar as questões de uso e ocupação do solo e, consequentemente, os riscos geológicos para a ocupação de determinadas áreas.

Foto: Divulgação/SEDEST

EVOLUÇÃO – O coronel Ricardo destaca que a Defesa Civil do Paraná evoluiu muito desde 2011, tanto na tecnologia quanto na produção técnica de relatórios e pesquisas, emissão de alertas, análise de dados espaciais, elaboração de planos de contingência e realização de simulados. “Tudo isso com o objetivo de diminuir o risco, aumentando a resiliência da população”.

Participaram da apresentação, representantes das Prefeituras de Antonina, Morretes e Paranaguá e dos respectivos Núcleos da Defesa Civil locais, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, do Instituto das Águas do Paraná, do ITCG, do Corpo de Bombeiros, da Petrobras Transporte e Ecovia. A Carta será entregue a cada um desses órgãos pela Defesa Civil.

AEN

Foto capa: Denis Ferreira Netto/SEDEST

 

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