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Coluna do Guru

Aves marinhas voltarão à natureza nesta sexta após cuidados no Laboratório de Ecologia e Conservação da UFPR

Gaivotão e fragata ficaram cerca de 20 dias aos cuidados da equipe de biólogos e veterinários em Pontal do Paraná. Desde 2015, laboratório resgatou 660 animais, dos quais 24% estiveram aptos para soltura.

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Um gaivotão (Larus dominicanus) e uma fragata (Fregata magnificens) — também chamada de tesourão  —  serão reintegradas ao meio ambiente em Pontal do Paraná nesta sexta-feira (17), às 15h30, pelo Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR, que executa no Paraná o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). As aves foram resgatadas no litoral paranaense em dezembro.

O resultado da soltura será acompanhado por biólogos e veterinários por meio da anilha que as aves receberam assim que tiveram a saúde restabelecida. "Estamos torcendo para que logo sejam avistadas alçando voos em nosso litoral", diz a bióloga marinha e pesquisadora Camila Domit, que coordena o LEC.

As aves marinhas fazem parte do grupo composto por 24% do total de animais resgatados pelo LEC que conseguem ficar saudáveis a ponto de poderem ser reintegrados à natureza. "O percentual pode parecer pequeno, mas considerando o estado de debilitação que animais marinhos encalham, entendemos que é expressivo e mostra um bom resultado", avalia Camila.

Gaivota se recuperou aos cuidados dos Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, coordenado no Paraná pela UFPR em Pontal do Paraná.

Segundo o LEC, o gaivotão foi encontrado debilitado, em 20 de dezembro, provavelmente devido a intoxicação por toxina botulínica (botulismo), causada por alimento contaminado pela bactéria causadora da doença. "Esta doença possivelmente foi a causa de outros encalhes que registramos", acredita Camila.

Fragata tinha laceração em uma asa 

Já a fragata, resgatada em 30 de dezembro, foi encontrada com uma laceração na asa esquerda que a impedia de voar. O tratamento da ave durou até que essa capacidade fosse restabelecida.

Sobre o PMP-BS

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

O PMP-BS é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. O LEC/UFPR monitora o Trecho 6 (Paraná), compreendido entre os municípios de Guaratuba e Guaraqueçaba.

Quem avistar tartaruga, golfinho ou ave marinha morta ou debilitada no litoral deve entrar em contato com a equipe através do telefone 0800 642 3341.

 

Com informações do PMP-BS e UFPR

Fotos: PMP-BS/LEC/Divulgação

 

 

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