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Coisas Nossas

História do clube literário pelo olhar de Aníbal Ribeiro Filho

Material produzido durante as oficinas de Educação Patrimonial da SECULTUR, orientado pela profª. Marcela Bettega.

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Por: Geórgia Marcela Moreira Domingues

 

O Club Litterario foi fundado em 9 de agosto de 1872 por 12 amigos que mais tarde virariam sócios, nomes esses influentes na cidade de Paranaguá, foram: Francisco Jose Machado da Silva, Joao Eugenio Gonçalves Marques, Manoel Correia de Freitas, Constante de Souza Pinto, Barnabé de Carvalhaes Pinheiro, Jose Albino das Dores, Manoel Rodrigues Viana, Joao Estevão da Silva, Joaquim Pinto de Amorim, Manoel Fausto do Nascimento, Adélio Pinto de Amorim e Joaquim Pereira da Costa.

Sentados em caixotes, sem mobília nenhuma discutiam a luz de velas na Rua Paissandu embaixo de um sobrado o futuro do clube, Paranaguá que em 1872 já contava com belas construções arquitetônicas como o palácio Visconde de Nácar, agora iria contar com mais uma, o Clube Litterario que foi fundado para fins culturais, como na ciência, artes e letras,.

Em 1° de Dezembro aprovaram as disposições estatutárias que seriam códigos de honra para a sociedade, com o s.r. Barnabé de Carvalaes-presidente, Joao Eugenio Marques-vice, e os demais tesoureiros, secretários e oradores.

Em seu artigo primeiro diz que o clube tem por fim facilitar a leitura e instrução de seus membros e formar uma biblioteca composta das melhores obras de instrução e em qualquer idioma, adicionando o maior numero de jornais políticos, literários e comerciais, que fosse possível ajudar mutuamente os sócios, os membros deveriam ter instrução, igualdade, fraternidade e perseverança.

Mas eles acharam injusto que apenas um punhado de homens ilustrados usufruísse egoisticamente desse tesouro que eram livros, então abriram para outros também, conforme o estatuto, que estipulava apenas aqueles que tivessem meios honestos de usufruir, com boa educação e maior de 12 anos, por que na época se iniciava a vida no comercio muito jovem, constando que o clube não estava restrito apenas para quem tinha posses, mas sim para quem provasse boa índole.

Nas reuniões e palestras era proibido discutir sobre religião ou negócios, multava se por faltas, proibia entrar de chapéu, faltar com respeito ou usar roupas indecentes. A tesouraria tinha por missão de comprar do Rio de Janeiro bilhetes da loteria, na intenção de arrecadar dinheiro para comprar livros, jornais e para melhorias do clube. Havia também a previdência social que amparava o sócio no caso de cair em pobreza ou invalidez, podendo passar a família em caso de morte.

Ainda sem sede ficaram 24 anos em prédios alugados, em 1896 com o empenho de novos sócios levantaram as paredes do edifício cujo alicerce começou em 1872, com uma bela arquitetura ocupa a metade do quarteirão na Praça Fernando Amaro, um incêndio mais tarde em 18 de Dezembro de 1930, destruiu as luxuosas instalações, reinaugura 13 de Novembro de 1932 com um baile de gala.

A sede campestre é inaugurada dia 12 de fevereiro de 1966 com finalidade de esporte e lazer, com piscina, quadras, churrasqueira e salão.

Graças ao idealismo dos 12 amigos fundadores, a semente boa foi plantada, germinou, cresceu, e atingiu a idade centenária.

 

                                                          …O clube Literário é a própria alma da cidade… (Leôncio Correia)

 

Material produzido durante as oficinas de Educação Patrimonial da SECULTUR, orientado pela profª.  Marcela Bettega.

 

 

 

 

 

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