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Ciência e Saúde

Senado aprova projeto de regulamentação da equoterapia

Apae de Paranaguá avalia os benefícios da terapia para o desenvolvimento dos alunos. (foto: divulgação)

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O Senado aprovou na terça-feira, 9, a regulamentação da equoterapia como método de reabilitação de pessoas com deficiência. O autor da proposta é o senador Flávio Arns, que aponta a terapia como uma ferramenta importante para o desenvolvimento de novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima. O texto aprovado segue agora para sanção da Presidência da República.

A equoterapia é um método que utiliza o cavalo para alcançar o desenvolvimento de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais. A Associação Nacional de Equoterapia (Ande-Brasil) considera o animal um agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico.

“Esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio”, explicou a Ande.

A Ande-Brasil comemorou a aprovação do projeto no Senado. “No ano em que a Associação Nacional de Equoterapia comemora 30 anos, avançamos mais um grande passo. É um grande dia para todos nós, fruto do esforço contínuo não apenas da Ande-BRASIL, mas de todo mundo que trabalha com equoterapia e acredita em seu potencial transformador”, destacou a Associação nas redes sociais.

A prática da equoterapia é indicada para os seguintes quadros clínicos: doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clínico metabólicas; sequelas de traumas e cirurgias; doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais; e distúrbios de aprendizagem e linguagem.

De acordo com o projeto, a equoterapia passa a ser condicionada a um parecer favorável, com avaliação médica, psicológica e fisioterápica. Para isso, a atividade dependerá de uma equipe multiprofissional, com médico, médico veterinário e uma equipe mínima de atendimento composta por psicólogo, fisioterapeuta e um profissional da equitação.

O texto descreve que os centros somente poderão operar se obtiverem alvará de funcionamento da Vigilância Sanitária e de acordo com as normas sanitárias previstas em regulamento.

A Escola Municipal Maria Nely Picanço, a Apae de Paranaguá, acredita que quanto mais terapias diferenciadas, melhor o desenvolvimento de seus alunos

APAE DE PARANAGUÁ

A fisioterapeuta da Escola Municipal Maria Nely Picanço, a Apae de Paranaguá, Fernanda de Almeida Bonaldi, acredita que todo método que tenha como objetivo trazer benefícios aos alunos é bem-vindo.

“Para crianças e adolescentes, quanto mais terapias diferenciadas, melhor para o desenvolvimento. Reconhecemos os benefícios da equoterapia, a marcha do cavalo se assemelha à do caminhar humano, e temos um controle maior de cabeça, de tronco, de equilíbrio. Como fisioterapeuta, posso dizer que a equoterapia dá certo, viria só a somar ao trabalho e as terapias que já realizamos na Apae”, destacou Fernanda.

A Apae de Paranaguá possui hoje 305 alunos, entre crianças, adolescentes e adultos, sendo que 75 deles são cadeirantes. “Até no caso de bebês para estimulação precoce, como temos na Apae, a equoterapia pode ajudar bastante. Se tivermos os cavalos e o pessoal treinado, o resto a gente corre atrás para conseguir”, frisou a fisioterapeuta Fernanda.

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