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Ciência e Saúde

Quarta etapa da Campanha de Vacinação contra a dengue começa no próximo mês

Vacina foi tema de evento para profissionais de saúde e população

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Na sexta-feira, 23, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) com a participação da Secretaria Municipal de Saúde de Paranaguá, realizou no município um evento para esclarecer dúvidas sobre a vacina contra a dengue. Profissionais da área e população em geral participaram de palestras com médicos do laboratório Sanofi Pasteur, que produz a vacina. A 4.ª etapa da Vacinação contra a Dengue em 30 municípios do Paraná começa no próximo dia 20 de março.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesa, Júlia Cordellini, destacou que é preciso informar sobre todas as etapas da vacinação. “O objetivo foi o de explicar o benefício da vacina à saúde pública, das questões equivocadas de entendimento quando se fala em dengue grave, porque na realidade o correto é dengue com ou sem sinais de alarme. Paranaguá teve alta incidência, uma carga viral imensa, quando mais de 10% da população teve dengue comprovada laboratorialmente e 80% dos casos pode ser assintomático, ou seja, grande parte da população comprometida”, disse.

O secretário municipal de Saúde de Paranaguá, Paulo Henrique de Oliveira, participou do evento para conscientizar o público sobre a vacina

 

Segundo ela, a comunidade precisa conhecer a importância de se completar o esquema vacinal. “Quem fez a 1.ª e a 2.ª dose, precisa completar o esquema de três doses para ter a proteção e a eficácia que a vacina se propõe a fazer de 66% de eficácia e efetividade e diminuição de casos graves. Estivemos em Paranaguá para esclarecer a todas as dúvidas”, frisou Júlia.

Sobre o estudo recentemente divulgado sobre a eficácia da vacina e o possível risco que pode apresentar para quem nunca teve contato com o vírus da dengue, a superintendente afirmou que os representantes do laboratório Sanofi estiveram presentes no evento para esclarecer a notícia. “É um risco possível de acontecer em pessoas que não tiveram contato com a circulação viral da dengue, o que não é o caso de Paranaguá. A população daqui foi exposta grandemente ao vírus. O estudo mostra que em mil pessoas pode existir um risco atribuído caso a pessoa seja picada pelo Aedes e tenha dengue com ou sem sinal de alarme”, declarou Júlia.

A queda considerável no número de casos de dengue após a epidemia observada no final de 2015 e início de 2016, é atribuída, entre outros fatores, à campanha de vacinação.

“Nós mostramos durante o evento um dado que prova que não houve dengue em quem tomou a vacina. Temos uma diminuição considerável nos 30 municípios que tiveram a vacina, que foram os que tinham a maior carga da doença”, lembrou Júlia.

O Paraná registrou dengue grave em Foz do Iguaçu e em Londrina, e nenhum caso de óbito em decorrência de complicações da doença. Pacientes estes, que não foram vacinados. “Não temos óbito por dengue no Paraná desde abril de 2016. O manejo clínico está também cada vez melhor, exatamente por conta dessas capacitações que mantemos nesses anos. Precisamos que as pessoas concluam o esquema vacinal com a terceira dose, senão essas pessoas não manterão os níveis necessários de anticorpos de forma duradora”, concluiu a superintendente da Sesa.

Cerca de 115 pessoas participaram do evento no Hotel Camboa na tarde de sexta-feira, 23

 

PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO

O secretário municipal de Saúde de Paranaguá, Paulo Henrique de Oliveira, considerou a vacina contra a dengue uma importante ferramenta para combater a doença. “Houve muito misticismo sobre a efetividade da vacina, a Anvisa e a Sanofi se colocaram à disposição para esclarecer isso, e o dever do Poder Público é o de concentrar esforços para a população tomar a vacina. Houve uma brilhante campanha durante a 1.ª, 2.ª e 3.ª doses, e pedimos para que a população não tenha medo, a segurança da vacina está comprovada e faz parte dessa conscientização esses eventos com profissionais de saúde e sociedade para debatermos isso amplamente”, relatou Paulo.

Paralelo à campanha de vacinação que inicia no próximo mês, a Secretaria Municipal de Saúde tem realizado trabalhos ininterruptos de casa em casa para que haja remoção de criadouros do mosquito transmissor da doença. “A preocupação do prefeito Marcelo Roque com a dengue vem antes dele assumir, já no período de transição, nos reunimos com a Regional de Saúde para traçar estratégias para saber como agir e evitar que Paranaguá vivesse novamente aquele triste episódio. Assumimos a secretaria com um pesado fardo, com 29 mortes em Paranaguá por dengue”, ressaltou Paulo. Na próxima quarta-feira, 28, acontecerá a primeira reunião do ano do Comitê da Dengue no município.

 

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