Prefeito e comitiva do Hospital Erasto Gaertner visitam possíveis locais para unidade de tratamento de câncer

Centro Municipal de Especialidades foi visto com bons olhos por prefeitura e comitiva 

Na manhã de quinta-feira, 8, o prefeito Marcelo Roque, junto com o secretário municipal de Saúde, Paulo Henrique de Oliveira, recebeu em Paranaguá a visita de uma comitiva do Hospital Erasto Gaertner, para uma visita a cinco prédios públicos municipais possíveis para a futura instalação da unidade avançada do hospital oncológico no município e com o propósito de atender também todo o litoral. O objetivo é que pacientes com câncer não necessitem mais se deslocar até a unidade de Curitiba, sendo atendidos em Paranaguá, algo que viria para melhorar a qualidade de vida das pessoas e conceder um tratamento mais humanizado aos pacientes. 

Ao todo, foram cinco prédios visitados: Centro Municipal de Especialidades (CME), dois espaços no Hospital João Paulo II (Centro Municipal de Diagnósticos e Setor de Fisioterapia), Unidade Balduína Lobo (Dona Baduca), Centro de Referência em Saúde da Mulher e também a própria sede da Secretaria Municipal de Saúde e Prevenção (Semsap). 

“A avaliação é muito positiva. A comitiva veio cedo a Paranaguá, mostramos o Hospital João Paulo II, a unidade da Baduca, o Centro de Referência em Saúde da Mulher e o Centro Municipal de Especialidades (CME), que está em reforma e é o prédio mais fácil para fazer as adaptações necessárias. Fico feliz, pois ouvi dos membros do Hospital Erasto Gaertner, que as possibilidades oferecidas aqui em Paranaguá são muito melhores que as de Irati, que já conta com uma unidade avançada”, afirma o prefeito Marcelo Roque. Segundo ele, 80% dos pacientes em tratamento de câncer em Paranaguá e litoral poderão ser atendidos na unidade do município quando finalizada, não necessitando mais ir a Curitiba para se tratar da doença. 

De acordo com o prefeito, o tratamento altera o organismo e a qualidade de vida das pessoas, sendo que fazer os pacientes de Paranaguá e do litoral realizarem o tratamento em sua cidade é algo que amenizará o sofrimento. “Todos os municípios do litoral serão beneficiados com a unidade avançada. Fico feliz por este avanço nas tratativas com o Hospital Erasto Gaertner”, completa.

Segundo Marcelo Roque, CME é um dos locais mais indicados para abrigar a unidade, por estar em reforma e ser em área estratégica

Comitiva aprova locais indicados

Adriano Lagos, superintendente do Hospital Erasto Gaertner, que esteve em Paranaguá junto com uma comitiva, ressalta que a visita foi positiva e indicou que o convênio irá funcionar. “Tem tudo para ser um projeto vitorioso, em que poderemos estruturar de maneira adequada para atender pacientes e com possibilidade de expansão. Há um foco na mobilidade de pacientes e familiares, tudo isto pesa na hora da escolha”, diz. “Atuaremos nas consultas, avaliações, quimioterapias orais, infusões de pequena duração e com efeito colateral que conhecemos. O foco é tratar o paciente e ele voltar para casa. Em um percentual otimista, de 70 a 80% dos casos, principalmente os ambulatoriais, a gente consegue deixar estruturado no projeto em Paranaguá”, complementa.

Segundo ele, 55% das pessoas atendidas no Hospital Erasto Gaertner para tratamento de câncer na capital não são de Curitiba. “Em 2015 estruturamos o projeto ‘Erasto mais perto de Você’ com intenção de levar a estrutura mais perto dos municípios. O projeto de Paranaguá ajudará em outros fatores também, como a promoção e prevenção no tratamento de câncer”, comenta. 

O secretário municipal de Saúde e Prevenção, Paulo Henrique de Oliveira, destaca que somente em 2017 foram atendidos pela unidade de Curitiba em torno de 500 pacientes de Paranaguá e 1.300 pessoas do litoral com 16 mil procedimentos. “O paciente que será atendido aqui será beneficiado com comodidade de estar perto de casa e família e com tratamento mais humanizado”, completa. “É um episódio histórico na saúde de Paranaguá. A equipe que atenderá aqui será a mesma do Erasto Gaertner, sendo que o município dará estrutura física, o Estado vai custear o funcionamento e a equipe será contratada pelo hospital”, finaliza.