conecte-se conosco

Ciência e Saúde

Paranaguá terá mosquitos estéreis para combater Aedes Aegypti

Serão utilizados 160 milhões de mosquitos estéreis nos primeiros meses

Publicado

em

Paranaguá contará com um projeto-piloto, uma nova ferramenta de combate ao mosquito Aedes Aegypti. Representantes da empresa multinacional de biotecnologia Forrest Innovations Ltda. e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), estiveram na Prefeitura de Paranaguá anunciando o projeto-piloto para combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, Zika e Chikungunya. Conforme informações da prefeitura, será instalado um laboratório em Paranaguá, na região do Aeroparque, até outubro deste ano para produção em massa de mosquitos machos estéreis, que não são geneticamente modificados e, de acordo com a prefeitura, não transmitem nenhum tipo de doença. Estes mosquitos são soltos por meio de um avião em todo o município, cruzando com as fêmeas, que são as que transmitem as doenças para desse modo, em menos de um ano, reduzir em 90% a proliferação do Aedes Aegypti na cidade.

 

 

Conforme os representantes da Forrest Innovations Ltda., na próxima semana haverá a coleta de ovos do Aedes Aegypti que não estejam contaminados. Após isso, os espécimes são levados para o laboratórios, onde recebem uma alimentação com produtos que garantem em 100% a esterilidade dos mosquitos.

A prefeitura informou ainda que o uso dos mosquitos estéreis machos é autorizado pela Anvisa, Ibama e pelo Ministério da Saúde.

 

POPULAÇÃO

Por se tratar de algo novo, moradores em Paranaguá ainda dividem a opinião sobre o assunto e sobre a possível eficácia da nova ferramenta de combate à dengue. Marli Vidal, moradora no Conjunto Nilson Neves acredita que tudo que for utilizado no combate à dengue é importante. “Acho algo positivo, afinal, temos que tentar combater o mosquito e a doença de todas as formas possíveis. Lamentavelmente hoje temos a vacina, mas nem todos que podem tomar a dose estão indo se imunizar. A participação da população no combate sempre é importante”.

Moradora no Conjunto Cominese, Neide Silva não acredita na técnica. “Acho que isso não resolverá o problema. O ideal é a conscientização de todos na eliminação de lixo e, com isso, dos criadouros do mosquito”, avaliou.

O acadêmico do curso de Ciências Biológicas, Yuri Machado, também não acredita na eficácia da nova ferramenta. “Não acho que dê certo porque os mosquitos não estéreis e continuarão circulando. Os que já estão na natureza continuarão agindo. Acredito que a solução é a conscientização da população quanto ao lixo. O Aedes gosta das regiões urbanas e enquanto as pessoas não se conscientizarem de evitar acúmulo de lixo e consequentemente a existência de criadouros, o mosquito continuará circulando e contaminando pessoas”, frisou.

Continuar lendo
Publicidade










Em alta

plugins premium WordPress