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Ciência e Saúde

Paranaguá registra mais de 13 mil casos de conjuntivite

Orientação da Secretaria Municipal de Saúde é para procurar a UPA somente em casos mais graves

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A população de Paranaguá se assustou com o surto de conjuntivite observado no município pelas autoridades de saúde. Durante o mês de março, foram registrados 13.404 atendimentos de pacientes com a doença no Pronto Atendimento – UPA. A procura se intensificou no último fim de semana, pois só no domingo, 1.º de abril, foram mais de 600 pessoas atendidas. No sábado, 31, foram 491 atendimentos relacionados à doença e, na Sexta-Feira Santa, outros 383.

A conjuntivite tem um aumento de casos no verão, devido à circulação do vírus com mais facilidade no ar por causa das altas temperaturas e umidade. Segundo informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde e Prevenção, é importante que as pessoas não se desesperem, mas fiquem atentas às ações de prevenção para não continuar transmitindo a doença. Uma das medidas que pode ser adotada é usar álcool em gel nas mãos, além de lavá-las com frequência e evitar o contato com objetos que o paciente usa como toalhas e roupas de cama.

No caso da conjuntivite viral, não existe tratamento específico, pois a doença deve sumir em até sete dias

 

Desta forma, a orientação da Secretaria de Saúde é para procurar a unidade de saúde mais próxima de casa e só se encaminhar para a UPA em casos com maior gravidade, os quais inspirem mais cuidados.

Para atender à alta demanda de pacientes, a Secretaria de Saúde precisou fazer o remanejamento de médicos que atendem nas unidades básicas de saúde para dar plantão na UPA. “Estamos registrando um número elevadíssimo de pacientes procurando a UPA por conta da conjuntivite. É importante esclarecer que o serviço de saúde deve ser procurado em casos com maior gravidade, porque isso está gerando demora no atendimento na unidade”, explica o secretário municipal de Saúde e Prevenção, Paulo Henrique de Oliveira.

Vale destacar que a UPA não fornece atestado médico, somente declaração de comparecimento, a qual atesta que o paciente esteve em atendimento em um determinado horário.

SOBRE A DOENÇA

A conjuntivite é uma inflamação da membrana que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras. De acordo com informações do Ministério da Saúde, ela pode ser alérgica, viral ou bacteriana, sendo nos dois últimos casos contagiosa.
Os primeiros sintomas são olhos vermelhos, coceira, sensação de areia ou ciscos, secreção amarelada ou esbranquiçada, pálpebras inchadas e grudadas ao acordar. A doença pode acometer um ou os dois olhos e os sintomas duram em torno de sete dias.

A conjuntivite bacteriana ou a viral é transmitida pelo contato com as mãos, secreção ou objetos contaminados, como maçanetas, toalhas e água de piscina, em especial aquelas mornas e com pouco cloro. O risco aumenta em ambientes fechados e com grande circulação como ônibus e escolas.

É importante evitar coçar os olhos em locais com grande aglomeração, como piscinas e academias. As mãos e o rosto devem ser higienizados com frequência. Aqueles que estão doentes devem lavar as mãos com frequência, trocar fronhas de travesseiros e toalhas diariamente, preferir toalhas de papel na hora de enxugar o rosto e evitar compartilhar produtos para os olhos, como delineador e rímel.

TRATAMENTO

O Ministério da Saúde recomenda que as pessoas sempre procurem um oftalmologista para o diagnóstico correto. No caso da conjuntivite viral, não existe tratamento específico. A médica integrante do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Cristina Dantas, recomenda o uso de compressas frias e aplicação de colírio lubrificante gelado várias vezes por dia para aliviar o incômodo.

 

Fotos: Divulgação

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