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Ciência e Saúde

Organização Mundial da Saúde Animal esclarece que cães não transmitem Coronavírus a humanos

Médica veterinária explica como é realizado o diagnóstico nos pets

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O alto número de casos de Coronavírus em humanos e a notícia de que cães e gatos também podem ter a doença levantaram o questionamento sobre a possível transmissão da doença para humanos. A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) divulgou, nesta semana, que até o momento não há nenhuma evidência de que os animais possam espalhar a doença.

A mensagem foi replicada por associações de defesa do bem-estar animal na França, que temem que os pets possam ser abandonados ou eutanasiados no contexto de pandemia do Coronavírus. A médica veterinária Juliana Caroline Ávila Queiroz explicou que muitos tutores a procuraram para saber sobre os riscos da doença aos pets.

“Recentemente, foi noticiado o contágio de um animal por Coronavírus e muitos estariam com medo dessa mesma epidemia se alastrando pelo mundo. O Coronavírus já é isolado em cães e gatos, aves, répteis, macacos, já é um vírus naturalmente encontrado, tanto que existe até vacina. Na polivalente, que chamamos de v10, já encontramos a dose contra o Coronavírus. Mas, não é o mesmo vírus que está circulando nessa epidemia atual. São vírus da mesma família, mas são diferentes”, esclareceu Juliana.

Segundo ela, para que o vírus em cães gere doenças nos seres humanos, ele precisaria passar por uma mutação muito específica. “Caso nós adquiríssemos essa doença ainda precisaria resistir a essa mutação para transferência da doença ao ser humano. De forma geral, a gente sabe que os vírus da família corona são que precisam de uma adaptação que é lenta, não acontece de uma hora para outra. Diferente do que a gente observa nos vírus da influenza, na qual há uma mutação muito rápida e temos vacinas saindo de forma constante”, explicou Juliana.

Diagnóstico nos pets

Alguns sinais da doença podem ser confundidos. “Nos cães há três tipos, o 1, 2 e o respiratório. Nos tipos 1 e 2 fazemos os testes rápidos e identificamos em cães jovens com até cinco meses de vida, sendo que pode ou não gerar febre, diarreia e vômito. De 1951 para cá, começou a ser isolado o tipo respiratório, que é um pouco mais grave e pode ser confundido no estágio inicial com a cinomose, apresentando as mesmas situações como o pulmão mais carregado e muco no olho”, contou a médica veterinária.

O diagnóstico da doença nos pets deve ser realizado por um veterinário.

“É sempre importante, ao menor sinal de doença, procurar o médico veterinário de sua confiança porque só ele é capacitado para fazer a consulta e solicitar os exames necessários para fechar o diagnóstico correto da forma mais precoce”, disse Juliana. “É muito raro gerar óbito quando levado ao veterinário para fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento correto”, completou.

De acordo com a profissional, o mais importante agora é adotar o hábito de limpeza frequente das mãos para evitar o contágio entre humanos. “Não existe motivo para pânico sobre esse vírus circulante nos nossos pets e fica a dica para nós, seres humanos, sobre os cuidados com a higiene”, enfatizou Juliana.

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