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Ciência e Saúde

Mesmo mais ameno em Paranaguá, inverno exige cuidados de saúde

Além do frio da estação, variação alta de temperaturas em Paranaguá aumenta quadros de rinite alérgica, faringite sazonal e resfriado (Foto: Divulgação)

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Médico João Zattar destaca que baixa temperatura pode facilitar ocorrência de doenças como gripe, pneumonia e alergias e até mesmo infarto e AVC

O inverno em Paranaguá é mais ameno que em outros locais do Paraná, como por exemplo, em Curitiba, onde são registradas até mesmo temperaturas negativas. Apesar do registro no termômetro um pouco mais quente no contexto local, o frio também "dá as caras" no litoral neste período do ano entre junho e julho, algo que deve se intensificar no sábado, 22, visto que  o início oficial da estação mais fria do ano no Brasil registrado na sexta-feira, 21. Segundo o médico João Felipe Zattar Aurichio, o frio e a variação alta de temperaturas em Paranaguá, por exemplo, o frio das primeiras horas da manhã com temperaturas mais altas ao meio-dia, facilitam a incidência de doenças como a gripe, bem como pneumonia e alergias como a rinite e sinusite, entre outras enfermidades, entre elas até mesmo o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC), sendo necessário redobrar os cuidados de prevenção neste período do ano.

"O inverno é uma estação fria e seca, portanto, o maior cuidado que devemos ter são com as doenças respiratórias agudas, como gripe, pneumonia, rinite, sinusite, otite e faringite. Na maioria dos casos, elas são transmitidas por gotículas nasais ou da própria boca, portanto devemos sempre higienizar nossas mãos, manter a janelas abertas durante o dia e ficar com nossa imunidade em ordem, por meio de uma alimentação saudável e exercícios físicos", afirma João Zattar.

"Além disso, há um aumento na incidência, no inverno, de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame", destaca. Segundo o médico, este aumento de riscos de doença ocorre porque o organismo faz de tudo para manter o calor interno do corpo humano. "Assim, quando as terminações nervosas da pele se ressentem com o frio, o nosso metabolismo se prepara para evitar a perda de calor para proteger o funcionamento de órgãos vitais internos. Isso faz com que as paredes dos vasos sanguíneos que irrigam a pele se contraiam e o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue", explica.

O alerta ao cidadão fica em torno da incidência das infecções respiratórias agudas, como gripe e pneumonia, e doenças cardiovasculares, colo infarto e AVC. "A prevalência aumentada dessas doenças respiratórias se deve à facilidade de contágio maior pelos vírus e bactérias. No inverno, tendemos a permanecer mais em locais fechados, com baixa circulação de ar e aglomerado de pessoas. Dessa forma, temos o ambiente ideal para transmitir esses micro-organismos. Além disso, no inverno temos uma variação maior no clima, de manhã temos frio, à tarde, calor e, à noite, frio novamente. Essa mudança brusca da temperatura acaba por aumentar quadros de rinite alérgica, faringite sazonal e resfriado", explica Zattar. "Essa variabilidade térmica é extremamente prejudicial. Um motivo maior ainda para estarmos com nossa saúde em dia já que o ambiente que nos cerca não está tão favorável", completa.

"Inverno é uma estação fria e seca, portanto, o maior cuidado que devemos ter é em relação às doenças respiratórias agudas, como gripe, pneumonia, rinite, sinusite, otite e faringite", afirma o médico João Zattar

ALERGIAS

A ocorrência de alergias, como a rinite, sinusite, faringite e otite, ocorrem de forma mais intensa no inverno, apesar de ter incidência durante todo o ano. "A prevenção dessas alergias se baseia em dois pilares: cuidado com a nossa saúde e cuidado com o ambiente que nos cerca. Temos que tomar mais água, em média dois litros por dia em um adulto saudável, alimentar-se de comidas saudáveis e praticar ao menos três vezes por semana atividade física. Por outro lado, devemos manter o ambiente sempre arejado, evitar aglomerados, utilizar utensílios próprios sem compartilhá-los e habituar-se a utilizar sempre o álcool gel como higiene diária", explica o médico.

CRIANÇAS E IDOSOS

Segundo o médico, a atenção na questão da saúde deve ser ainda maior dos pais e responsáveis perante as crianças abaixo dos seis anos, bem como com idosos acima de 60 anos, visto que eles estão no grupo de risco de doenças respiratórias, tanto que fazem parte das prioridades nas campanhas de vacinação contra a gripe. "Além do mais, essa faixa populacional pode adquirir uma doença respiratória aguda e não apresentar os sintomas a que estamos acostumados a observar, como tosse, espirro ou dor no corpo. É muito comum o idoso, por exemplo, desenvolver um quadro de pneumonia e apresentar somente febre e prostração, ou seja, parar de comer e não sair da cama. É necessário cuidado redobrado com esses grupos", explica.

Segundo o médico, atualmente é perceptível que as doenças respiratórias agudas estão mais agressivas que antigamente. "E isso é algo natural de entendermos, pois os vírus ficam cada vez mais resistentes e, portanto, tendem a causar uma virulência maior. Em razão disso, o atendimento precoce se faz de extrema importância. Em alguns quadros, como a gripe H1N1, a piora do quadro clínico pode ocorrer em menos de dois dias a horas. E quando falamos dos grupos de risco como: crianças com menos de dois anos, adultos acima de 60 anos e portadores de doenças crônicas como diabetes, cardiopatias, problemas renais e portadores de câncer em tratamento, devemos tomar um cuidado muito maior", afirma João Zattar, destacando a necessidade de sempre procurar um médico em caso de contrair a doença e querer realizar um tratamento adequado clinicamente.

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