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Ciência e Saúde

Médico alerta para prevenção de doenças no Carnaval

Saiba como se proteger dos principais acometimentos que enchem os consultórios após o feriado (Foto: Ilustrativa)

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Uma das datas mais celebradas e aguardadas no Brasil, o Carnaval reúne milhares de pessoas nas ruas, o que acaba gerando contato físico maior durante os dias de feriado. Devido a isso, surge um alerta para o cuidado com a saúde e a prevenção de doenças que são comuns durante o ano, mas que podem ser intensificadas no Carnaval.

Segundo o médico Dr. João Felipe Zattar, após este período de festa chegam ao consultório muitos pacientes apresentando sintomas da doença do beijo, hepatites, dengue, além de doenças sexualmente transmissíveis (DST).

Ele aponta que o uso de preservativo é indiscutível para evitar várias DSTs.

“É importante que se utilize a camisinha. Muita gente não sabe o que fazer após ter uma relação sexual desprotegido ou em casos de abuso sexual, por exemplo. Muitas doenças são transmitidas por via sexual e na medicina temos a quimioprofilaxia, que é quando damos medicamentos para essas pessoas para evitar que elas desenvolvam algum tipo de doença sexual”, explicou Dr. João Felipe.

“Se você teve o contato com um parceiro desconhecido e você não se protegeu e suspeita que essa pessoa possa ter Aids, vá direto a um Pronto Atendimento, procure um médico urgente”, destacou ainda sobre o cuidado para prevenir o vírus HIV.

Hepatites

Algumas doenças como a hepatite B e a C devem ser evitadas por vacina. “Se você não sabe, se tomou a vacina contra hepatite B é importante que você tome. Já contra a hepatite C não há vacina disponível”, orientou o médico.

A hepatite A também pode ser um grande problema para os foliões após o Carnaval.

“Ela é transmitida pela contaminação, de pessoa para pessoa, ou por alimento e bebida contaminada, causa febre, amarelão no corpo, diarreia. Por isso, é preciso muito cuidado com as hepatites no Carnaval”, acrescentou o médico.

Doença do beijo

A doença do beijo ou mononucleose é uma doença infecciosa causada por um vírus da família do herpes e é bastante comum entre jovens de 15 e 25 anos. “É transmitido através da saliva e causa dor de garganta, o paciente tem o aumento das ínguas, às vezes há o aumento de pus na garganta e as pessoas costumam confundir com faringite e o erro é começar o tratamento com antibiótico”, afirmou Dr. João Felipe.

Sarampo

De acordo com o médico, este é o primeiro Carnaval com circulação do Sarampo, o que exige um cuidado maior por parte da população. E este cuidado começa com a atualização da carteira de vacinação. “Nós ainda temos o Sarampo circulando e é óbvio que agora com o Carnaval há um risco maior para pegar a doença. Por isso é importante falarmos sobre a vacinação”, afirmou o Dr. João Felipe.

Devem tomar a primeira dose da vacina bebês de seis a 11 meses. A partir dos 12 meses é feita a tríplice viral, que protege também contra a caxumba e a rubéola. Aos 15 meses, é aplicada a tetraviral, que inclui ainda a dose contra a catapora.

“Pessoas de 20 a 29 anos que têm uma dose do sarampo devem tomar a segunda dose de reforço. Pessoas acima de 30 até 49 anos que têm uma dose não precisam tomar mais. Acima de 50 anos não se faz a vacina, a não ser que ela tenha tido contato com alguém com sarampo confirmado”, disse Dr. João Felipe.

Mulheres grávidas, crianças abaixo de seis meses e pessoas com imunidade baixa não devem tomar a dose. A vacina contra o sarampo demora de 10 a 15 dias para começar a agir. “Mas nunca é tarde para tomar a vacina”, frisou o médico.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), dos 850 casos confirmados no Estado, em 32 casos a provável fonte de infecção foi o Estado de São Paulo e em cinco foi o Estado de Santa Catarina; 25 (vinte e cinco) casos secundários de duas cadeias de transmissão distintas; e 788 (setecentos e oitenta e oito) casos sem vínculo definido.

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