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Ciência e Saúde

Médico aborda combate a fake news na saúde e o preconceito ao autismo

“É uma responsabilidade dos pais a questão da vacinação. Levanto esta bandeira sem nenhum tipo de medo, pois quem entra neste movimento antivacinas geralmente são formadores de opinião, muitas vezes atores, até médicos, que estão prestando um desserviço gigantesco para a sociedade”, afirma o médico Aredes

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Jonathan Aredes reforça a necessidade do compromisso dos pais com vacinação entre crianças

As redes sociais e a era da Internet ampliaram o conhecimento e a velocidade da informação entre os cidadãos, no entanto também os avanços tecnológicos potencializaram a transmissão em tempo real de notícias falsas, as chamadas “fake news”, bem como  preconceitos por falta de conhecimento dos assuntos. A área da medicina não fugiu desta realidade. Os boatos falsos criados em torno das vacinas com crianças, com diversas mentiras abordando transmissão de doenças e controle do Estado, bem como o preconceito contra o autismo e crianças autistas, são dois dos diversos malefícios propagados na sociedade através das redes sociais no setor de saúde.

O médico Jonathan Wilian de Sá Aredes, que atua na saúde pública e privada de Paranaguá, destacou a importância do combate a fake news com relação às vacinas, entre elas do sarampo, que está em foco atualmente pela volta da doença ao Paraná após 20 anos. “A questão das vacinas não é de hoje, temos uma carteira nacional de vacinas no Brasil repleta, a qual muitos países no mundo não têm. Ela tem uma abrangência das doenças alcançadas com a carteira de vacinas que muitos outros países deixam a desejar. É uma responsabilidade dos pais a questão da vacinação. Levanto esta bandeira sem nenhum tipo de medo, pois quem entra neste movimento antivacinas geralmente são formadores de opinião, muitas vezes atores, até médicos, que estão prestando um desserviço gigantesco para a sociedade. Hoje a gente sabe o quão importante e indicadas são as vacinas na sua ministração desde a infância até o idoso.

“A imunização é importante, assim como desmistificar, eliminar esta imagem das fake news que estão acontecendo diariamente, ainda mais com a facilidade das redes sociais. É nossa função. Eu, como médico, bem como todos nós que somos formadores de opinião na sociedade, temos essa responsabilidade. Temos vários protocolos e evidências científicas e estudos provando que é importante a vacinação, por que então vamos acreditar em notícias falsas?”, questiona o médico Jonathan Aredes. 

AUTISMO

Outra questão abordada pelo médico é a importância do combate ao preconceito ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre crianças e que a comunidade autista de Paranaguá é enorme. “Não nos damos conta de que eles estão conosco. É tão comum, normal, que a gente nem nota que são autistas, a não ser quem convive e nota os sinais, os sintomas de uma criança autista, com dificuldade de relacionamento e socialização. Essas dificuldades, às vezes, quando a criança começa a frequentar certos ambientes, por exemplo creche e escola, automaticamente as outras crianças vão começar a notar e separar esta criança, mas é natural, é normal, as criancinhas começam a se interessar por afinidades”, explica.

“Logo depois temos a possibilidade de conseguir integrar esta criança autista normalmente. É aí que entra o adulto, ele é a ligação, a chave que vai conseguir fazer esta criança ter um convívio social com outras crianças. É o adulto que vai intermediar esta situação. Temos formas de explicar às crianças que uma criança autista tem pequenas diferenças, mas que não a tornam diferentes das outras. É necessário conseguir agregar e trazer esta criança para o convívio social entre as próprias crianças. Não é impossível, a gente vê diversos casos, atendendo alguns casos no consultório com crianças autistas que têm um desenvolvimento maravilhoso, que têm suas limitações devido à síndrome autista, mas são crianças normais”, afirma o médico. 

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