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Ciência e Saúde

Litoral já contabiliza seis novos casos de dengue

Mudança na temperatura exige atenção redobrada da população

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Com a mudança de temperatura e a chegada de dias mais quentes com chuvas, os casos de dengue voltaram a ser notificados no litoral e em todo o Estado do Paraná. O aparecimento de novos casos já era de se esperar, tendo em vista que a epidemia vivenciada em Paranaguá começou a ocorrer devido ao aumento de pessoas infectadas neste mesmo período no ano passado. Em todo o litoral, já são seis casos confirmados da doença.

De acordo com o boletim epidemiológico da dengue, divulgado na terça-feira, 11, pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA), de agosto de 2016 até a última semana, foram notificados 3.041 casos de dengue, sendo que 1.348 foram descartados para a doença. Paranaguá aparece entre os municípios com maior número de casos, cinco no total, ao lado de Londrina (21), Maringá (17), Jataizinho (8), Marialva (7), Cascavel (5) e Cambé (5). No litoral, além de Paranaguá, Guaratuba apresentou um caso.

Neste mesmo período também foi constatado que a incidência no Estado é de 0,85 casos por 100.000 habitantes. O Ministério da Saúde classifica como baixa a incidência da doença quando o número de casos autóctones (contraídos dentro do próprio município) for menor que 100 casos por 100.000 habitantes.

 

MEDIDAS DE CONTROLE

Para controlar o aparecimento de pessoas doentes e que uma nova epidemia se instale na cidade, autoridades juntaram esforços. Uma das medidas tomadas foi a campanha de vacinação contra a dengue ocorrida de 13 de agosto a 24 de setembro. De acordo com a Agência Estadual de Notícias, 50% do público-alvo foi vacinado no Paraná, naqueles 30 municípios citados como primordiais para receber as doses.

Apesar deste índice ainda ficar distante da meta, que era a de vacinar aproximadamente 400 mil pessoas, a SESA acredita que o objetivo foi alcançado, já que em Paranaguá e Assaí, cidades que tiveram muitos casos da doença, alcançaram ao menos 60 mil pessoas da faixa etária de 9 a 44 anos.

Outra medida é um projeto-piloto instalado no Aeroparque em Paranaguá, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a empresa Forrest Innovations, para produzir e soltar na natureza machos estéreis do mosquito transmissor do Aedes Aegypti. O espaço funcionará até novembro de 2017 e, com isso, a expectativa é diminuir em até 90% a incidência do mosquito.

 

MAIS CONSCIENTIZAÇÃO

Apesar dos esforços para controlar a dengue, a população continua tendo um papel importante no combate à doença. Segundo a diretora da 1.ª Regional de Saúde, Ilda Nagafuti, as medidas de controle aplicadas não devem significar que a população pode deixar de fazer a sua parte na remoção de entulhos. “Com a vacina alcançamos 60% de cobertura, que não é a ideal para o controle da circulação do vírus. Paranaguá nunca deixou de ter a infestação do mosquito e do vírus”, esclareceu.

 

 

Apesar das orientações para que os moradores mudem o comportamento com relação ao lixo, o número de focos e ovos tem aumentado. “O alerta é que nos últimos tempos tem aumentado o número de focos na cidade. Além disso, no começo, identificávamos os focos com pouca quantidade de ovos e, agora, existem muitos ovos em cada foco. Temos que remover esses criadouros e a população, enquanto sociedade civil organizada, tem que ajudar o Poder Público. Mesmo com a epidemia, o comportamento não mudou”, alertou.

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