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Ciência e Saúde

Hospital Regional do Litoral realiza primeira captação total de órgãos

No Brasil, as doações de órgãos ocorrem após o diagnóstico de morte encefálica e precisam ser autorizadas pela família do doador

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O Hospital Regional do Litoral, unidade própria do Estado em Paranaguá, realizou sua primeira captação total de órgãos (coração, fígado, pâncreas e rins) de um doador de 26 anos, vítima de traumatismo craniano, na madrugada de sábado, 15. Os órgãos foram encaminhados para hospitais do Paraná.

Conforme explica o diretor do Hospital Regional do Litoral, Rene Crepaldi Junior, o paciente doador sofreu uma queda e deu entrada no hospital no dia 11 de setembro. Após três dias, foi constatada a morte encefálica do rapaz. “Diante do quadro, a família do paciente foi contatada e durante a conversa orientada sobre a possibilidade de doação de órgãos, concordando com a doação”, disse Crepaldi.

No Brasil, as doações de órgãos ocorrem após o diagnóstico de morte encefálica e precisam ser autorizadas pela família do doador, mesmo que o paciente tenha registrado em vida a vontade de ser doador. Por isso, a conversa com as famílias de potenciais doadores é considerada um momento crucial para a concretização das doações.

 

MENOR ÍNDICE DE RECUSA

No último levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Paraná aparece como o Estado com menor índice de recusas de famílias. Apenas 25% dos familiares entrevistados pelas equipes paranaenses decidiram não fazer a doação. No País, a média de recusa após entrevista é de 43%. O Paraná é o primeiro lugar no País em doações efetivas de órgãos por milhão de população.

De janeiro a agosto deste ano, no Hospital Regional do Litoral, por exemplo, das 9 entrevistas feitas com famílias de possíveis doadores, oito resultaram na autorização familiar para a doação.

Para a coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Arlene Badoch, o resultado foi conquistado graças aos investimentos do Estado no preparo das equipes de profissionais. “Além de abordar aspectos técnicos, como protocolos e diretrizes sobre a doação de órgãos, é necessário preparar os profissionais para atender de forma sensível e acolhedora as famílias de possíveis doadores”, explica Arlene.

 

NÚMEROS

Entre janeiro e agosto deste ano, o Paraná concretizou 382 doações e 654 transplantes de órgãos no Paraná (418 transplantes de rim, 11 de pâncreas, 212 de fígado e 13 de coração). Além desses, também foram realizados 568 transplantes de córnea e 50 transplantes de órgãos de doadores vivos (49 de rim e 1 de fígado).

 

Fonte: AEN

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