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Ciência e Saúde

Equipes de saúde iniciam novo levantamento sobre infestação do Aedes aegypti

Último estudo foi realizado no mês de junho, quando Paranaguá foi classificada com alto risco

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Os agentes de endemias de Paranaguá realizam nesta semana mais um levantamento que tem como objetivo analisar o nível de infestação do mosquito Aedes aegypti no município. O último Lira (Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti) foi realizado no mês de junho, quando Paranaguá foi classificada com alto risco de infestação.

O boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), relacionado ao período de julho de 2018 a julho de 2019, registrou em Paranaguá 34 casos de dengue, sendo 30 deles contraídos no próprio município. A cidade do litoral do Paraná com mais número de casos é Matinhos, que nos mesmo período teve 116 pessoas com a doença.

“Pode ser que o Lira desta vez não resulte em alto risco, o que pode ser falso. Porque não tem chovido e, com isso, os ovos estão parados. Basta chover para eles se proliferarem”, observou a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Eleniz Mendes.

O Lira é realizado durante cinco dias, com início na segunda-feira, 12, com término na sexta-feira. Os bairros são escolhidos por meio da inserção de dados no computador. “Pegamos um bairro, inserimos a quantidade de imóveis e de quarteirões e o próprio programa no computador sorteia os locais que serão trabalhados. Fazemos uma casa e pulamos quatro. O agente de endemias entra na casa, faz a vistoria e, se tiver criadouro com a larva, ele faz a coleta, registra o nome do local e separa para posterior análise”, explicou Eleniz.

O Lira começou na segunda-feira, 12, e segue até o fim dessa semana

Desta forma, as equipes analisam se a espécie do mosquito é Aedes aegypti. “Depois de jogar todos esses dados, vemos se há baixo, médio ou alto risco. Através disso, conseguimos saber qual bairro está mais infestado pelo mosquito”, destacou Eleniz.

Segundo ela, os maiores focos do mosquito são tampinhas de garrafa, copinhos plásticos, caixas d’água, embalagens de marmita, latinhas etc.

“O Aedes aegypti está dentro das residências. Muitas vezes, as pessoas confundem o Aedes com lixo, mas houve mudanças, ele se adaptou. Não existe mais larvas somente em água limpa. Às vezes, encontramos casas extremamente limpas, mas encontramos larvas no ralo ou em uma tampinha encontrada no quintal. Isso porque somos considerados um município infestado, o Aedes fixou residência aqui, ele se adaptou ao nosso clima, pois nosso inverno não é rigoroso”, esclareceu Eleniz.

TIPOS DA DOENÇA

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, outro vírus da dengue foi diagnosticado em Paranaguá. “Quando tivemos a epidemia em Paranaguá, tivemos predominantemente o tipo 1. Agora, já estamos com o vírus tipo 2 circulando no município de forma predominante. Fora os quatro tipos de vírus da dengue, o Aedes ainda transmite a Zika, a chikungunya e vários outros tipos de doença. Por isso, pedimos para a população diminuir os criadouros”, finalizou Eleniz.

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