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Ciência e Saúde

Cuidado com águas-vivas é essencial durante a temporada de verão

Descontaminação deve ser feita com lavagem com água do mar em local da pele que entrou em contato com a água-viva ou com vinagre, algo que pode ser feito em qualquer posto de guarda-vidas.

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A chegada do verão, prevista para o dia 22 de dezembro, ocasiona temperaturas mais elevadas e maior número de banhistas nas praias, consequentemente, aumenta o número de casos de acidentes com águas-vivas e caravelas. Os animais não atacam as pessoas, porém acidentes são causados no contato com a pele humana, visto que os espécimes liberam uma substância que causa envenenamento, algo conhecido como “queimadura”.

“Na temporada de 2016/2017, o Paraná registrou mais de 27 mil casos de acidentes. Já em 2017/2018, entre 21 de dezembro a 18 de fevereiro, o número reduziu significativamente para 1.188 casos. Na última temporada, 2018/2019, foram 1.469”, afirma a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), com base em dados do Corpo de Bombeiros do Paraná.

"A água-viva é como se fosse uma bola, com uma aparência mais gelatinosa, e a caravela parece com um pastel de cor roxa, a qual tem uma queimadura mais severa, mas não é tão comum no litoral sul do Brasil, o que temos é mais a água-viva. Esses animais têm como sistema de defesa células urticantes que quando entram em contato com a pele humana soltam uma substância tóxica que causam uma sensação de queimadura, a qual em uma situação normal a pessoa sente uma vermelhidão e um pouco de dor", ressalta o comandante do 8.º Grupamento do Corpo de Bombeiros do Litoral do Paraná, major Jonas Emmanuel Benghi Pinto.

Segundo o major, caso a pessoa tenha contato com a água-viva, ela deve lavar o local afetado com a própria água do mar. “Jamais o banhista deve utilizar água doce e urina, ele também pode procurar um posto de guarda-vidas onde fazemos a descontaminação e retiramos essas células urticantes que não dispararam veneno com uso do vinagre que tem esta propriedade. Se a pessoa estiver em uma situação em que, além da queimadura, passe a sentir dificuldades respiratórias, problema para se comunicar e inchaço na fase ou pescoço, a gente pode estar diante de um quadro alérgico, onde o guarda-vidas deslocará imediatamente uma ambulância ou helicóptero", afirma o major, ressaltando que a pessoa poderá buscar também um posto médico no caso de alergia.

TIPO MAIS ENCONTRADO NO LITORAL

Segundo a Sesa, “o tipo mais comum de água-viva encontrado no Paraná mede cerca de 13 centímetros com os tentáculos, tem consistência gelatinosa e a aparência de um guarda-chuva”, explica. “Provoca queimadura leve, não considerada grave. A caravela, por sua vez, chama a atenção pela cor roxa e azul e é semelhante a uma bexiga boiando no mar. Pode chegar a dois metros de comprimento com os tentáculos, os quais grudam na pele e liberam substâncias que causam o envenenamento, que pode ter uma manifestação sistêmica, ou seja, capaz de afetar todo o organismo. Neste caso, é necessário buscar atendimento médico hospitalar”, complementa a Secretaria de Saúde.

CUIDADOS E DÚVIDAS

Segundo a Secretaria de Saúde, jamais se deve tocar em águas vivas e caravelas, seja na água do mar ou na areia da praia, mesmo que aparentem estar mortas. “Se a pessoa for queimada, deve lavar o local apenas com a água do mar e não esfregar a região atingida. Em seguida, deve-se procurar um posto de salva-vidas para colocar vinagre e neutralizar a ação da toxina. Não pode passar água doce e nenhuma outra substância, como bebida alcoólica ou urina”, informa.

Em caso de dúvidas sobre acidentes, a população pode entrar em contato com o Centro de Controle de Envenenamentos do Paraná pelo número: 0800-410148 (CCE/PR)”, finaliza a Sesa.

 

*Com informações da SESA/AEN

Foto: AEN

 

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