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Ciência e Saúde

Coronavírus: Parnanguara relata ambiente na China após surto

Rafaella Mattar está na cidade de Zhuhai, na província de Guangdong

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A parnanguara Rafaella Mattar Piasentin, o marido Lucas Piasentin e as três filhas moram na China, em Zhuzhou, na província de Hunan, já que ele é jogador e treinador em uma escola de futebol no País. Ela relatou como está a situação no País após o surto de Coronavírus, que gerou um alerta mundial para a doença.

Devido ao Ano Novo Chinês, quando muitos chineses viajam, Rafaela e a família estão passando alguns dias na casa da irmã Esther e do cunhado, conhecido como “Baiano”, o qual foi jogador no Rio Branco. Eles também moram na China, no entanto, em outra região, na cidade de Zhuhai, na província de Guangdong.

“Viemos passar o Ano Novo Chinês na casa da minha irmã. Viajamos de trem no dia 21 de janeiro, quando pouquíssimas pessoas estavam de máscara, porque aqui eles costumam usar quando estão com gripe ou resfriado para não contaminar outras pessoas. Por isso, vira e mexe vemos as pessoas nas ruas de máscara e isso para a gente é uma situação normal”, explicou Rafaella.

Poucos dias depois, o governo chinês começou a enviar alertas para a prevenção da doença. “No dia 23 de janeiro, o governo começou a enviar mensagens para usar máscaras e evitar locais públicos com aglomeração de pessoas. A gente sabia da gravidade da situação, que o vírus era novo e que estava matando. O governo não escondeu isso da população, tanto que mandou mensagens para a gente se precaver, estamos sendo comunicados dos casos confirmados e até dos casos curados”, afirmou Rafaella.

Irmãs Esther e Rafaela têm registrado esse momento na China pelo Instagram (“Irmãs Mundo Afora”)

Não há pânico

Ela afirmou que não presenciou momentos de pânico entre os chineses. “Tudo que saiu na mídia sobre pessoas desmaiando na rua, que as cidades estavam bloqueadas, era tudo mentira. Só uma província fechou, que é aonde fica Wuhan, o epicentro do vírus. Nós, que estamos em outras províncias e cidades, temos acesso livre por avião, trem, carro ou ônibus. Os mercados não estão um caos, como alguns disseram. O pessoal ficou mais em casa por conta do Ano Novo Chinês, uma tradição dos chineses, os quais costumam passar esse período com a família ou viajar porque estão em férias. Por isso, é comum as cidades ficarem vazias”, esclareceu Rafaella.

Devido ao feriado, as escolas e algumas empresas pararam de funcionar no dia 17 de janeiro e ainda não têm data para retorno. O Ano Novo Chinês, que iria acabar no dia 29 de janeiro, foi prorrogado até o dia 2 de fevereiro em virtude do surgimento do vírus. Segundo Rafaella, bancos, restaurantes e alguns outros estabelecimentos estão fechados.

“Há um controle aqui que é de primeiro mundo. Eles estão tentando conter a doença de todas as formas”

Controle da doença

De acordo com ela, tudo está sendo feito para que o vírus não se espalhe. “Coincidiu desse surto cair bem nesse período em que os chineses estão viajando, e agora estão correndo contra o tempo para formular uma vacina. Já foi confirmado que os casos mais graves são em pessoas imonudeficientes e idosos, mas mesmo assim estamos tendo todo o cuidado. Nos supermercados há mantimentos, a única coisa que falta no fim do dia é pão, legumes e verduras, que só encontramos de manhã”, ressaltou Rafaella.

Nos supermercados e condomínios o cuidado é ainda maior, uma pessoa fica na porta medindo a temperatura corporal de quem chega. Além disso, os motoboys que entregam comida estão impedidos de entrar nos condomínios, podendo ir somente até a portaria.

“Na casa dos nossos amigos aqui, os porteiros estão controlando a temperatura das pessoas. Há um controle aqui que é de primeiro mundo. Eles estão tentando conter de todas as formas. A todo momento recebemos mensagens, nos orientando sobre o que fazer, lavar bem as mãos e abrir os apartamentos uma vez ao dia. Quando saímos nas ruas não podemos ficar passando as mãos nos olhos e no nariz, temos que levar álcool em gel para desinfetar as mãos, assim como óculos de sol, celular, e as máscaras são descartáveis. Pelo que eu vejo os chineses estão tranquilos, não há pânico”, disse Rafaella.

A orientação é para que os moradores também evitem aglomerações. “Aqui em Zhuhai tem muita praça com playground e eles colocaram cartazes avisando para as pessoas não se aglomerarem”, contou Rafaella.

Rafaella tem registrado esse momento na China pelo Instagram (“Irmãs Mundo Afora”).

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