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Ciência e Saúde

Aumenta procura pela vacina contra o sarampo em Paranaguá

Paraná confirmou primeiro caso após 20 anos sem registros da doença.

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Em 2018, a cobertura vacinal contra o sarampo no litoral do Paraná foi de 56%, longe dos 95% recomendado pelo Ministério da Saúde. Neste ano, em virtude dos surtos da doença em São Paulo e, mais recentemente, do aparecimento de um caso na região metropolitana de Curitiba, a procura pela vacina que protege contra o sarampo aumentou nas unidades de saúde.

Somente na unidade Gabriel de Lara em Paranaguá, na sexta-feira, 9, foram aplicadas cerca de 40 doses, até o início da tarde. A maioria das pessoas que procuraram pela proteção foram adultos que estavam com a carteira de vacinação atrasada.

A Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) confirmou na quarta-feira, 7, que uma moradora de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, estava com sarampo. Este é o primeiro registro confirmado da doença no Estado em 20 anos. A paciente, de 41 anos, esteve em São Paulo entre 15 e 22 de julho. A mulher permaneceu em isolamento e os procedimentos de bloqueio vacinal seletivo nas pessoas que tiveram contato com ela foram realizados.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Eleniz Mendes, afirmou que esta é a única forma de prevenir a doença. “A vacina faz parte do calendário. O que estamos pedindo é a intensificação dessa vacina, para que procure pelas unidades de saúde, principalmente quem vai viajar para locais de risco, precisa se vacinar 15 dias antes. Em Paranaguá, muita gente viaja para São Paulo fazer compras para poder viajar com segurança”, afirmou Eleniz.

Segundo ela, normalmente, as crianças tomam a vacina porque os pais levam enquanto bebês. No entanto, adolescentes e adultos têm deixado de procurar pela dose. “Quem não lembra se tomou ou se teve a doença, deve procurar a unidade. A cobertura é baixa e estamos com o chamamento aberto para a população. As doses estão disponíveis em todas as unidades de saúde. As equipes de saúde da família durante as visitas nas residências, pedem para verificar a carteira de vacinação e orientam a procurar as unidades”, disse Eleniz.

Outra doença que tem possibilidade de retornar e que pode ser prevenida com vacina como o sarampo, é a rubéola. “Hoje em dia, tem a vacina e as pessoas não procuram. Há movimentos que atrapalham muito, há muita disseminação de notícias falsas na internet. Tem mães que postam algumas reações da vacina nas redes sociais ao invés de procurar as unidades de saúde para se informar. Podem ocorrer reações, mas são normais”, destacou Eleniz.

QUEM DEVE TOMAR

O Ministério da Saúde recomenda que todos os indivíduos de um a 29 anos de idade devem ter duas doses de vacina contra o sarampo para serem considerados protegidos. Adultos entre 30 e 49 anos de idade, sem comprovação de nenhuma dose, devem receber pelo menos uma dose da vacina tríplice viral (SCR), que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola.

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