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Reeleição

Em janeiro de 1912 a prefeitura recebeu o projeto organizado pelo “competente e illustre engenheiro dr. Niepce da Silva”.

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A “Empreza” não instalaria mais a rede de esgotos. Em janeiro de 1912 a prefeitura recebeu o projeto organizado pelo “competente e illustre engenheiro dr. Niepce da Silva”. A lei 213, de 3 de fevereiro, autorizou abrir concorrência para o serviço apenas na parte velha da cidade, excluindo a distante região do Porto nesta fase inicial devido às condições econômicas desfavoráveis.

Março acabou e a tubulação não chegou. Elysio Pereira determinou multa de cem mil réis (100$000) a ser descontada “da caução ou de qualquer importância que esta Câmara esteja á dever a dita “Empreza”. Com notas do embarque em 22 de janeiro em Nova Iorque, a empresa se defendeu apontando a demora do vapor. Enfim, o jornal de 12 de abril noticiou o descarregamento da “tubagem e accessorios”. A confusão levou o diretor Byington até Paranaguá e haveria “cortes de cabeças”, provavelmente a do engenheiro, afirmou a matéria.

Sem água encanada era necessário manter o sistema de distribuição em pipas e fontes pela cidade. Oswaldo Pinheiro encheria as carroças de água na fonte nova durante 1912, mantendo o equipamento em ordem e as instalações higiênicas, caso contrário perderia o contrato. Em outubro seria afastado por não cumprir o acordado e as bombas estragaram. A prefeitura reformou o tanque da fonte velha e reparou as bombas da fonte da Pires Pardinho. Comentando a greve dos padeiros parnanguaras o jornal local perguntou: o que seria da cidade se os carroceiros da água também resolvessem parar?

Em junho, os serviços da instalação do esgoto e da água não haviam iniciado. Mas isso não impediu Caetano Munhoz da Rocha de ser reeleito, pois segundo seus defensores, ele estaria modernizando Paranaguá e já mostrara sua competência, merecendo este voto de confiança.

Por Alexandre Camargo de Sant’Ana

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