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Construindo os esgotos

Durante vários dias a chuva forte castigou Paranaguá, mas os homens não cederam e arriscaram as próprias vidas.

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Dez dias após o início das obras, na edição de 10 de junho, o jornal local informou: o “assentamento da rêde de esgottos está prosseguindo com muita presteza” e se continuasse assim, a inauguração poderia acontecer no dia 15 de novembro. Estavam prontos “792 metros de junção de canos” e nada parava os serviços.

Durante vários dias a chuva forte castigou Paranaguá, mas os homens não cederam e arriscaram as próprias vidas. Em 18 de junho, nas escavações da ladeira do “Club Litterario”, um operário trabalhando em uma vala profunda, acabou surpreendido por um desbarrancamento. Por sorte escapou de ficar soterrado, mas sofreu várias lesões e precisou ser internado. Além da chuva – lamentava o jornal – ainda havia vandalismo por “meninos vadios”, removendo a terra e quebrando os canos, sendo urgente uma “repressão contra a garotada” e seus “divertimentos perversos”. Apesar do mau tempo e da depredação, em um mês os canos já percorriam quase dois terços da cidade. Se houvesse risco de perder o trabalho realizado durante o dia, as obras continuavam noite adentro, como aconteceu em julho na Rua 15 de Novembro (entre a “Conselheiro Barradas” e a “Prescilliano Correia”).

Devido à profundidade das escavações, a vala alcançou um “terreno de vasa”, obrigando retirar a agua constantemente para revestir o buraco com madeira e evitar outro desabamento. Deste modo, o empreiteiro trabalhou com diversos operários durante a noite inteira.

Os trabalhadores enfrentavam o mau tempo e o vandalismo dos meninos, inclusive virando a noite em casos emergenciais, tudo para terminarem no prazo. Mas este clima de urgência não fazia bem aos ânimos e no dia 12 de agosto houve uma briga na Rua João Alfredo: o português Francisco Porsão saiu gravemente ferido na cabeça. 

Dez dias após o início das obras, na edição de 10 de junho, o jornal local informou: o “assentamento da rêde de esgottos está prosseguindo com muita presteza” e se continuasse assim, a inauguração poderia acontecer no dia 15 de novembro. Estavam prontos “792 metros de junção de canos” e nada parava os serviços.

Durante vários dias a chuva forte castigou Paranaguá, mas os homens não cederam e arriscaram as próprias vidas. Em 18 de junho, nas escavações da ladeira do “Club Litterario”, um operário trabalhando em uma vala profunda, acabou surpreendido por um desbarrancamento. Por sorte escapou de ficar soterrado, mas sofreu várias lesões e precisou ser internado. Além da chuva – lamentava o jornal – ainda havia vandalismo por “meninos vadios”, removendo a terra e quebrando os canos, sendo urgente uma “repressão contra a garotada” e seus “divertimentos perversos”. Apesar do mau tempo e da depredação, em um mês os canos já percorriam quase dois terços da cidade. Se houvesse risco de perder o trabalho realizado durante o dia, as obras continuavam noite adentro, como aconteceu em julho na Rua 15 de Novembro (entre a “Conselheiro Barradas” e a “Prescilliano Correia”).

Devido à profundidade das escavações, a vala alcançou um “terreno de vasa”, obrigando retirar a agua constantemente para revestir o buraco com madeira e evitar outro desabamento. Deste modo, o empreiteiro trabalhou com diversos operários durante a noite inteira.

Os trabalhadores enfrentavam o mau tempo e o vandalismo dos meninos, inclusive virando a noite em casos emergenciais, tudo para terminarem no prazo. Mas este clima de urgência não fazia bem aos ânimos e no dia 12 de agosto houve uma briga na Rua João Alfredo: o português Francisco Porsão saiu gravemente ferido na cabeça. 

Por Alexandre Camargo de Sant’Ana

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