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Os estudos definitivos e a análise da água só foram apresentados em 27 de novembro.

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O engenheiro Goulin anunciou o início das obras preparatórias em 26 de julho de 1909, mas em outubro os serviços permaneciam no projeto. Seriam duas turmas de trabalhadores: a primeira abrindo a picada em linha reta da Cachoeira do Miranda até a cidade, tendo como ponto de referência a torre da Matriz, que de binóculo era possível enxergar lá da serra; o segundo grupo alargaria os cerca 16 a 17 quilômetros de trajeto.

Os estudos definitivos e a análise da água só foram apresentados em 27 de novembro, sendo aprovados após a apreciação e algumas modificações do Dr. Niepce. Novamente nada saiu do papel.

Sem edital, o contrato passou à “Empreza de Melhoramentos Urbanos de Paranaguá”, sociedade anônima registrada na Junta Comercial (SP) em 28 de dezembro, publicado no Diário Oficial no dia seguinte. Com capital de 320 contos de réis (R$ 320:000$000) divididos em 1.600 ações, a “Empreza” exploraria os serviços de água, esgoto, iluminação pública e energia elétrica por 30 anos. Os impostos garantiriam o lucro, pois a prefeitura honraria o pagamento dos usuários inadimplentes.

Em fevereiro de 1910, no edifício do Banco União em São Paulo, houve assembleia geral para apreciação da proposta de empréstimo de 200 contos por intermédio dos corretores Leonidas Moreira e Aymoré P. Lima.

O senhor coronel Asdrubal do Nascimento presidiu os trabalhos, convidando para secretários o coronel Horacio Berlinck e o engenheiro Conrado Ericksen Filho (diretor).

emonstradas as vantagens e o retorno certo do investimento, a operação foi aprovada por unanimidade. Segundo o jornal “A República”, em seis meses funcionaria a usina hidroelétrica, em oito meses o sistema de água encanada e no máximo em dois anos a rede de esgotos. Mais uma vez as projeções falhariam.

Por Alexandre Camargo de Sant’Ana

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