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Carnaval

Conheça a história de Júnior Veneno

Mestre de bateria aprendeu na infância a tocar todos os instrumentos e hoje é destaque

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Paranaguá é terra de muitas pessoas que estão enraizadas com o samba e o Carnaval. Uma delas é o mestre de bateria Adilson Luiz Júnior, ou simplesmente Júnior Veneno, como é conhecido no litoral.  

Sua experiência em escola de samba começou cedo, nos anos 90, através do Mestre Antoninho Moura, do Junqueira. Naquela época, Veneno desfilava também pelo ‘Desmelhelhengues’, bloco que virou escola de samba sediada no mesmo bairro do Junqueira, a Costeira.  

Júnior atravessou cerca de duas décadas participando dos desfiles das escolas como ritmista, tocando todos os instrumentos na Águias de Ouro, Pé do Gigante e Jardim Santa Rosa, e também no bloco ‘Phica Leste’, que agitou muitos carnavais em Paranaguá. Como toda criança iniciante em bateria ele estreou no chocalho, depois passou pelo agogô, reco-reco, tamborim, repique, tarol, surdo e assim por diante. Aos 15 anos já sabia tocar os instrumentos como “gente grande”. 

Em 2007 foi para a União da Ilha assumindo um novo desafio: ser mestre de bateria. Isso aconteceu em 2010, quando a escola foi campeã do grupo de acesso.  

O bom resultado despertou atenção de outras escolas de samba que estavam em situações parecidas: precisavam sair do acesso e ir para o grupo principal. Veneno aceitou os convites formando baterias de qualidades colocando jovens e crianças em contato com os instrumentos. Atualmente, ele é mestre de bateria na Ponta do Caju, mas já passou por escolas como, por exemplo, o Acadêmicos em 2018, quando foi a vice-campeã do Carnaval. 

Faltando três dias  para o desfile, Veneno está perdendo a noção do tempo por causa dos compromissos carnavalescos que ele vem cumprindo com prazer.

“Estamos ensaiando três vezes por semana desde o início de janeiro e nos últimos dias passamos a ensaiar todas as noites para que possamos tirar nota 10. Ninguém ensaia pesando em outra coisa a não ser a nota máxima. Carnaval pra mim não é brincadeira, é um compromisso que sempre levei a sério porque temos uma história atrás de um pavilhão. Isso me motiva a fazer cada vez mais e melhor”, destaca.   

Para Veneno, o mais importante é incentivar os mais novos para que possa ser garantida uma próxima geração de ritmistas.

“Quando era criança comecei a tocar os instrumentos da bateria. Como gostava, parecia ser fácil e assim fui passando por todos e sempre que aprendia a tocar um queria conhecer outro, e o Mestre Moura me deu essa oportunidade. Se não tivesse aprendido na infância, não sei se hoje seria mestre de bateria”, recorda. 

O exemplo carnavalesco vem sendo seguido dentro de casa, ou seja, o filho Lucas Calado, de 16 anos, já está auxiliando o pai nos ensaios. Além disso, a esposa Juliane Calado também é ritmista na mesma bateria tocando surdo.

“Aqui em casa o Carnaval vem de berço e está no sangue. Todas as noites nós saímos juntos para o ensaio”, conta. 

“Da mesma forma que eu comecei quero despertar nesta nova geração o gosto pela bateria e quem sabe em um breve futuro teremos novos mestres na cidade”, contou Veneno, indo para mais uma noite de ensaio.

Junior Veneno com Mestre Penha no lançamento dos sambas- enredos

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