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Ano Novo 2021

Vacina: o presente mais esperado para 2021

Quatro fabricantes podem aprovar suas vacinas, duas delas já estão sendo utilizadas no exterior (Foto: EBC)

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Vacina: o presente mais esperado para 2021

Saiba quais são as principais vacinas contra a Covid-19 que poderão ser utilizadas 

Em dezembro, os primeiros países do mundo iniciaram seus processos de vacinação contra a Covid-19, doença que marcou 2020 como um ano a ser esquecido do ponto de vista sanitário, visto as mais de 1,6 milhão de mortes no mundo em decorrência da enfermidade, cerca de 182 mil delas no Brasil. Entretanto, a divulgação do Plano Nacional de Vacinação da Covid-19 divulgada pelo Governo Federal em dezembro, criou uma expectativa para que a imunização seja iniciada o quanto antes, entretanto, segundo a União, a definição da data em 2021 está condicionada à definição da primeira vacina a ter aprovação de uso emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Confira as principais candidatas a serem utilizadas no País: 

Vacina da Pfizer/Biontech

Feita em uma parceria entre a Pfizer, farmacêutica multinacional sediada nos EUA, e a alemã Biontech, a vacina BNT162b2 começou a ser testada no Brasil em junho, em cerca de três mil voluntários. A vacinação com este imunizante já está sendo feita de forma emergencial em países como os EUA, Inglaterra, Canadá, entre outros. Segundo o fabricante, a vacina é RNA mensageiro (mRNA), considerada mais moderna, e conta com o princípio imunizante de produzir a proteína do vírus. Após injeção de material no corpo humano, o organismo dá instruções para produção da proteína do vírus, o que fabrica os anticorpos necessários para frear o Coronavírus.

A fórmula da vacina precisa ser armazenada a uma temperatura de -70°C, a mesma de refrigeradores de laboratório, algo que dificultaria o transporte no País, que, caso aprovada, deverá ser feito em caixas especiais com gelo seco, podendo ser armazenada por cinco dias em geladeira comum.

Coronavac

Testada no Brasil pelo Instituto Butantan, a vacina da empresa chinesa Sinovac conta com mais de 13 mil voluntários brasileiros e está em fase final de testes, aguardando a autorização da Anvisa para uso. A tecnologia utilizada é baseada na manipulação laboratorial de células humanas infectadas com a Covid-19, sendo a vacina produzida com fragmentos inativados do Coronavírus, os quais inserem no corpo humano um vírus sem capacidade de se reproduzir.  Com isso, após receber a dose, o sistema imunológico começa a produzir anticorpos para combater a doença. A eficácia da Coronavac ainda não foi divulgada.

De acordo com a Sinovac, o armazenamento ideal deve ser feito com refrigeração, entretanto, o transporte poderá ser feito em temperatura ambiente.

Oxford

A chamada vacina de Oxford, produzida pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e a Universidade de Oxford, denominada de ChAdOx1 nCoV-19, está em teste no Brasil desde junho junto à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Dez mil voluntários brasileiros fazem parte da fase de testes do imunizante que será fabricado no País pela Fiocruz. A tecnologia usada é conhecida como um vetor viral recombinante, que emprega um adenovírus não replicante e não infeccioso, ou seja, que não pode causar doenças. 

O imunizante foi produzido com uma plataforma que já existia em Oxford e que trabalhava com outra doença causada pelo Coronavírus, em que foram deletados os genes responsáveis por replicar o vírus, sendo eles substituídos por outros que codificam proteínas do Sars-Cov-2. Com isso, quando as moléculas adentram no corpo humano, é produzida proteína do Coronavírus, que o sistema imunológico reconhece como ameaça, sendo a proteína destruída. Após isso, quando a Covid-19 infecta o organismo de verdade, o sistema imunológico humano já sabe reconhecer e combater o vírus. A eficácia da vacina varia de 62 a 90%, com proteção média de 70%. O imunizante é mais barato e fácil de armazenar, algo que facilitaria o transporte em regiões mais remotas do Brasil e do mundo.

Sputnik V

Com assinatura de memorando entre o Governo do Paraná e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), a Sputnik V, produzida pela Rússia, ainda não está sendo testada no Brasil e ainda deve cumprir alguns procedimentos para isso. Segundo o governo russo, a vacina possui eficácia de 92%. De acordo com a fabricante, a tecnologia combina dois vetores diferenciados do adenovírus, em que uma parte do Coronavírus é inserida nos vetores. Assim, quando o corpo humano entra em contato com a substância do imunizante, ele começa a produzir a resposta imune.

Caso liberada pela Anvisa, a Tecpar, do Paraná, será responsável por todas as etapas, desde a pesquisa até distribuição das doses. A vacinação em massa com a Sputnik V já foi ordenada pelo Governo Federal da Rússia. 

Vacina da Janssen

Desenvolvida pelo grupo Johnson & Johnson, através da empresa belga Janssen-Cilag, a vacina AD26.COV2.S está sendo testada em 28 centros de pesquisa no Brasil em 11 Estados, segundo a farmacêutica. De acordo com a fabricante, a vacina utiliza vetores de adenovírus, que causam o resfriado comum, modificando-os para desenvolver o imunizante, sem que os vetores se multipliquem e provoquem doenças. Além disso, a vacina utiliza parte da proteína do Sars-Cov-2, que é colocada junto ao adenovírus. 

Quando o imunizante adentra no organismo humano, o corpo começa a se defender e produz anticorpos contra o invasor, criando uma espécie de “memória” que é utilizada para imunizar também contra a Covid-19, ensinando o corpo a atacar o vírus assim quando ele entra em contato. No Brasil, ainda estão sendo analisados dados da fabricante em torno da segurança e eficácia. 

Com informações do Portal Terra

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